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Evento especial alia jantar e fado ao vivo em Lisboa

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A gastronomia, o vinho. A literatura, o fado. Estas são algumas das características que melhor definem Portugal e os portugueses, e foi a partir delas que surgiu agora aquele que será o primeiro evento gastronómico temático no Tasca da Memória, restaurante aberto ao público situado no interior do boutique hotel cinco estrelas Wine & Books Lisboa.

Fado 

Sempre ligado à literatura, o fado – que significa destino – nem sempre foi visto com bons olhos por todos. Pelo seu caráter mais popular, era tendencialmente rejeitado por grupos de pessoas tidas como intelectualmente superiores. Tanto assim era que, no seu início, só se ouvia fado nas tabernas e nos bairros mais modestos de Lisboa, como Alfama e a Graça, por exemplo.

Em meados do século XX, o fado sofreu várias alterações, tornando-se um género musical profissional após ser incluído nos espetáculos de teatro de Revista.

Apesar desta evolução, todas as letras e poemas – muitas vezes com mensagens revolucionárias – eram alvo de censura. Vivia-se o período ditatorial do Estado Novo, pelo que foram muitas as músicas nunca publicadas até se dar a revolução de abril.

Até 25 de abril de 1974, o fado espelhava a alma nacional representada pela tristeza e angústia dos portugueses. Refletia-se na roupa escura utilizada por fadistas e guitarristas, nas letras das músicas por norma tristes e no ambiente maioritariamente sombrio das atuações, que ainda hoje transporta os portugueses para um estilo musical associado a sentimentos como a saudade e a melancolia.

Após a revolução dos cravos, começaram a aparecer as canções de intervenção que apelavam agora à esperança e liberdade de um povo durante tantos anos oprimido.

Foi neste período que surgiram nomes como José Afonso (conhecido por todos como Zeca Afonso), Carlos Paredes ou Carlos do Carmo, por exemplo.

Amália Rodrigues

Não poderíamos falar do fado, sem mencionar Amália Rodrigues, reconhecida como a “rainha do fado”. Amália teve um papel fundamental ao transportar a cultura portuguesa mundo fora, tendo realizado inúmeros espetáculos pela Europa e Estados Unidos.

Foi a partir desse momento, já na segunda metade do século XX, que o fado se tornou um símbolo português mundialmente reconhecido. Se no estrangeiro era sempre aplaudida, já em Portugal, durante a ditadura, a fadista viu, como tantos outros artistas, as suas obras serem censuradas.

Mariza, Ana Moura, Camané, Carminho e Gisela João, são referências do fado que se canta atualmente. Fado livre, disruptivo, mas que mantém temas como a perda, o amor, a resignação ou a luta do povo português com uma entrega total por parte dos fadistas e guitarristas que os acompanham. Desde 2011 que o fado foi declarado pela UNESCO Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Tasca da Memória - Lisboa

Mas melhor do que escrever sobre este estilo musical, é convidá-lo para ouvir fado ao vivo e desfrutar de um momento cultural enquanto janta. Por isso, o restaurante Tasca da Memória criou um evento temático, com artistas e músicos convidados, que decorrerá já no próximo dia 23 de abril, a partir das 19h30.

Este evento especial – que promete ser a primeira de muitas iniciativas– vem acompanhado por um menu exclusivo para uma noite também ela especial.

Para mais informações e reservas, contacte-nos:
+351 211 566 266
reservas@tascadamemoria.pt

Reservar
Sáb 15 Fev
,
Dom 16 Fev
.