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As nossas escolhas de vinhos

Neste clube do livro e do vinho online, a nossa proposta leva-o a descobrir mensalmente a literatura lusófona, enquanto saboreia, sozinho ou acompanhado, as palavras dos nossos autores e os melhores vinhos do país. Aqui terá a oportunidade de mergulhar nos vários géneros literários, explorar histórias cativantes, discutir temas e compartilhar as suas visões.


Curadoria Wine & Books Club

Chocapalha Vinha Mãe 2017

Quinta de Chocapalha

No livro de Afonso Cruz cruzam-se três estórias, na Quinta de Chocapalha cruzam-se três gerações na vinha e na adega.  Além disso, o vinho é constituído por três castas, Touriga Nacional, Tinta Roriz (Tempranillo em Espanha e como é conhecida mundialmente) e Alicante Bouschet – originária de França, mas com o maior sucesso em Portugal. Estas três origens resultam num vinho complexo que estagiou 36 meses em carvalho francês. Em “A Boneca de Kokoschka” as 3 estórias fazem sentido no fim. No Chocapalha Vinha Mãe 2017, as três castas fazem sentido quando misturadas para resultarem no lote final que apresenta cor violeta intensa à nascença e com aromas de fruta preta, notas florais características da casta Touriga Nacional e de especiarias do estágio em madeira. Como o pano de fundo do livro, a 2ª guerra mundial, é um vinho robusto e intenso, mas neste caso com um bom fim para a humanidade e, para nossa alegria, com potencial de envelhecimento.

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Quinta de Arcossó Rosé

Quinta de Arcossó

“O avesso da pele”, entre outros assuntos, fala-nos do racismo, da injustiça e de preconceitos. Para os apreciadores do vinho também existem preconceitos. Provavelmente o maior de todos é em relação aos vinhos rosé. São considerados vinhos de segunda, como muitas vezes foram (são?) consideradas de segunda as pessoas de raça negra retratadas no livro. O vinho sugerido para acompanhar este livro, não podia por isso, deixar de ser um vinho rosé que ajude a combater preconceitos. Trata-se do Quinta de Arcossó rosé, produzido em Trás-os-Montes, que não é uma região “afamada” e a partir de uma casta que durante muito tempo foi menorizada, a Bastardo, conhecida por Trousseau a nível Internacional, principalmente em Jura, França. Aromas de fruta vermelha, pimenta e violeta num corpo redondo e suave, poderão ajudar a apreciar ainda melhor o livro e acabar com preconceitos!

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Curadoria Wine & Books Club

Lacrau Field Blend

Douro

“Eliete” tem como subtítulo “a vida normal”. O Lacrau Field Blend também poderia ser considerado um vinho “normal”, por ser produzido na região do Douro, a mais prestigiada de Portugal, por ser uma mistura (blend) de castas, que também é o “normal” em Portugal, acrescendo ainda que é produzido a partir das principais castas desta região, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Touriga Nacional. Existe ainda outra analogia entre o livro e o vinho, referências ao passado. No livro referências ao Estado Novo, no vinho a referência ao field blend ou mistura de castas na vinha como era tradição durante esse período político.

Contudo, como ao longo do livro se vê que uma vida normal, pouco tem de normal, também este vinho pouco tem de comum, no sentido pejorativo do termo. Trata-se de um vinho em que o enólogo tentou preservar a fruta desta mistura de castas, revelando um aroma a fruta vermelha e na boca apresenta-se como um vinho suave e redondo, que se deixa beber com facilidade.

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Espumante Filipa Pato 3b Rosé

Bairrada

Espumante Filipa Pato 3b Rosé é produzido a partir de 80% Baga, uma casta tinta e o resto a partir de Bical, uma casta branca. Também a história contada em “O alegre canto da perdiz”, passa-se entre uma sociedade maioritariamente negra com uma pitada de raça branca. Os vinhos espumantes são os mais conhecidos e com melhores resultados nesta miscigenação de castas. O exemplo tradicional é o Champagne (incluindo muitos brancos produzidos unicamente de uvas tintas conhecidos por “blanc de noirs”). Este vinho é produzido na região da Bairrada a partir das duas castas acima mencionadas e tradicionais da região e por uma estrela portuguesa em crescimento: Filipa Pato.

O vinho de cor rosada, nem tinto nem branco, o que espelha também os dois mundos encontrados no livro, apresenta aromas de brioche, cereja e padaria. A boca refrescante sustentada numa mousse elegante torna o vinho ideal para aperitivo, acompanhamento de entradas ou de uma refeição para os apreciadores.

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Curadoria Wine & Books Club

Eruptio

Ilha do Pico

Ainda em tempo de verão sugere-se um vinho branco refrescante da Ilha do Pico. Este vinho apresenta semelhanças com o livro recomendado. É produzido numa das ilhas do arquipélago dos Açores, isolado no meio do Atlântico. Tal e qual se sentem as personagens deste romance, isoladas do mundo devido à sua cegueira.

Porém, como no romance, o vinho esculpido num terroir inóspito, de solo vulcânico e exposto às intempéries marítimas, consegue adaptar-se ao mundo, neste caso ao gosto dos consumidores atuais. É produzido a partir da casta Arinto dos Açores, mais conhecida pelo nome Sercial e os vinhos Madeira criados a partir dela.

Casta de grande acidez é equilibrada no Eruptio por notas untuosas do estágio em madeira em borras finas. Aromaticamente, notas salinas e de alga seca, lembram-nos o oceano. Termina com aromas cítricos. Vinho recomendado para aperitivo, entradas, assim como peixes grelhados delicados.

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Dona Maria Petit Verdot, 2019

Vinho tinto do Alentejo

casta Petit Verdot tem a sua origem no sudoeste de França, tendo emigrado com sucesso para Portugal para produzir este vinho. Um vinho de cor intensa que tem vindo a aligeirar-se com o envelhecimento. Notórios aromas de mirtilo e amora, combinados com especiarias e nuances de madeira onde o vinho estagiou. O livro Também os Brancos Sabem Dançar fala-nos da migração, relações interculturais e música.

O vinho apropria-se destes temas, neste caso com uma imigração de sucesso da Petit Verdot para um Alentejo quente e acolhedor, onde a casta consegue mostrar o seu melhor. Os aromas exóticos, cada vez mais especiados e complexos, dançam na boca com uma acidez fresca, clássica da casta, encorpada e com taninos presentes, também característicos da Petit Verdot. Recomenda-se, principalmente, para quem gosta de vinhos potentes e intensos e de experiências novas.

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